No dia 25 de maio, o Brasil testemunhou a morte de Genivaldo de Jesus Santos, que aconteceu após abordagem inadequada da Polícia Rodoviária Federal - PRF no município de Umbaúba, em Sergipe. O laudo médico aponta que o falecimento foi devido a uma asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
Embora a ação da PRF seja muito preocupante, tal episódio expõe o estigma contra os padecentes de doenças mentais, já que Genivaldo era diagnosticado com esquizofrenia.
"A ação dos policiais, independente de quem foi abordado e sofreu aquele tipo de tortura, é absurda. Você fazer isso com um ser humano mostra total despreparo. Agora esse despreparo é muito pior quando você tem uma profissão que tem que lidar com a população no dia a dia. Quando falamos do doente mental então, estamos falando de uma pessoa muito mais sensível", destacou o Dr. Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP, durante entrevista para o programa Bom Dia CBN, da CBN Natal, no dia 27 de maio.
Após a denúncia feita pelo presidente da ABP, a PRF mudou a nota oficial sobre o caso. Em um primeiro momento, a instituição divulgou que a morte havia sido uma fatalidade desvinculada da ação policial. Depois, a própria PRF admitiu o uso de gás lacrimogêneo e spray de pimenta durante a abordagem.
Acreditamos que a disseminação de informações corretas sobre saúde mental e leis que penalizam os atos preconceituosos são fundamentais para diminuir o preconceito e o estigma acerca das doenças mentais, bem como contra os pacientes. Leia a nota oficial clicando aqui.
Você pode conferir a entrevista completa no canal do YouTube do veículo.
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