Neste mês, a Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP está promovendo pela primeira vez a campanha de conscientização contra o bullying com o tema “Delete essa ideia”. A iniciativa foi criada a fim de esclarecer, alertar e combater o bullying e o cyberbullying, com o objetivo principal de diminuir o índice de casos.
O bullying é muito associado ao período escolar de crianças e adolescentes, podendo se estender por outras fases da vida. Nos últimos anos, isso se tornou um grave problema de saúde pública, onde crianças e jovens sofrem diariamente agressões psicológicas e físicas, proporcionando consequências sérias à saúde física e mental. Depressão, baixa autoestima e tentativas de suicídios são algumas das consequências geradas por essas atitudes.
"Antigamente, existiam brincadeiras entre as crianças, que teoricamente não causavam a mesma repercussão que hoje. A principal diferença que vemos é a intensidade e a dimensão que a tecnologia proporciona. Agora, as atitudes são gravadas, divulgadas e a gente não tem mais controle do que vai ser acrescentado àquela brincadeira, o que gera muita insegurança nas crianças e adolescentes", ressaltou o Dr. Kleber Oliveira, médico psiquiatra especialista em infância e adolescência e diretor da ABP.
Durante o mês de fevereiro, a ABP prepara diversas ações de conscientização sobre o tema, principalmente nas redes sociais. A ideia é oferecer diferentes perspectivas sobre as formas de combater este tipo de atitude e conseguir diminuir o número de casos. No dia 01 de fevereiro, promovemos o programa ABP TV com o tema Bullying e seus impactos na saúde mental, que pode ser assistido na íntegra clicando aqui.
Bullying e cyberbullying: importunações que geram consequências
Estudos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE em 2021 apontam que aproximadamente 23% dos estudantes afirmam ter sido vítimas de bullying, sendo alvo de provocações feitas por colegas. O levantamento também mostra que um em cada dez adolescentes dos 188 mil entrevistados já se sentiu ameaçado, ofendido e humilhado em redes sociais ou aplicativos, sendo vítima do cyberbullying.
Vivenciar situações como estas geram um impacto negativo na vida dessas pessoas. Em relação à saúde mental, 50,6% dos estudantes disseram se sentir muito preocupados com as coisas mais comuns do dia a dia. Já um em cada cinco estudantes afirmou que a vida não valia a pena ser vivida.
"Tanto agressores quanto vítimas de bullying podem desenvolver sérios problemas de saúde, como ansiedade e depressão. Por isso, é fundamental combater essa prática que cresce cada vez mais. A partir deste ano, a campanha contra o bullying será um dos nossos pilares", destacou o Dr. Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP.
Com os números alarmantes, é fundamental que essas atitudes sejam evitadas e para isso devemos passar informações de forma responsável para a sociedade. É essencial que lutemos contra toda e qualquer forma de bullying!
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