No último dia 31 de março, a ABP se despediu de um dos seus ilustres associados, o Dr. Rogério Wolf de Aguiar. Membro do quadro associativo desde 1983, o Dr. Rogério foi também presidente da Associação entre os anos de 1995 e 1998.
Nascido em 27 de fevereiro de 1941, formou-se médico no ano de 1964 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde também concluiu sua residência em Psiquiatria, em 1972. Foi professor do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS, psiquiatra forense e médico perito do INSS.
Em 37 anos de vida associativa, participou ativamente da ABP ocupando as funções de delegado, membro da Comissão Fiscal, membro da comissão de avaliação do Prêmio ABP de Jornalismo, vice-presidente e presidente. Na entrevista para a campanha Orgulho de Ser Psiquiatra, publicada em março de 2013, destacou que a escolha pela psiquiatria se deu pela possibilidade de uma prática mais humanista, mas também pela possibilidade de uma aplicação científica.
Confira abaixo, na íntegra, depoimentos de doutores que conheceram e trabalharam junto ao Dr. Rogério Wolf de Aguiar.
Dr. Claudio Martins, vice-presidente da ABP:
"Tive a satisfação de conviver com Rogério Aguiar desde o início de minha formação psiquiátrica em 1980, tendo sido meu professor e orientador de TCC. Seu perfil conciliador e agregador, o levou a lideranças importantes como Presidente da APRS e depois Presidente da ABP.
Seguiu sua trajetória institucional como Conselheiro do CREMERS e depois eleito Presidente do mesmo. Portanto uma trajetória de vida direcionada ao coletivo.
Meu último encontro com ele foi no final de 2019, quando já fragilizado, aceitou com muita satisfação em participar como comentarista do Projeto Cinepsiquiatria ABP/APAL/CCYM em Porto Alegre. Após almoçamos e revivemos muitas histórias. Fica a lembrança carinhosa de tantos encontros nos últimos 40 anos e de ter podido compartilhar e aprender com “Rogério".
Dr. Walmor Piccinini, associado ABP:
"Quando estudantes, tínhamos um vínculo via Centro Acadêmico: eu era vice-presidente e ele, representante dos alunos no Conselho Universitário. Fomos presos juntos em 1965, depois cada um seguiu seu caminho.
Ele teve uma brilhante carreira universitária e eu lutava para criar os filhos. E foram nossas filhas que nos reaproximaram. Elas são muito amigas, tanto que Cláudia, a filha do Rogério, é madrinha da minha neta Sofia, que vive no Japão. O mais incrível é que Cláudia aprendeu japonês para conversar com a afilhada.
Passamos a ter uma relação bastante amistosa. Ele seguiu sendo um grande líder da psiquiatria e dos médicos em geral por sua atividade no Conselho de Medicina. Descobri que era mais velho do que ele é admirei o fato de ter se formado um ano antes. Ele em 64 eu em 65. Sua filha dizia que ele era multitarefas e é verdade. Perdemos um ativista das boas causas.
Vai em paz Rogério."
A ABP se solidariza com familiares e amigos do Dr. Rogério Wolf de Aguiar e tem muito orgulho de tê-lo em seu quadro associativo e de diretoria durante todos esses anos.
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